sábado, 31 de dezembro de 2011

ILHAVIRTUALPONTOCOM Nº 8

Amigos e amigas,

No apagar das luzes deste ano de 2011, disponibilizamos mais um exemplar do noso informativo ILHAVIRTUALPONTOCOM, para lê-lo em PDF, clique AQUI






domingo, 18 de dezembro de 2011


LER PELO PRAZER DE LER
José Neres
(O Estado do Maranhão, 18/12/2011)


Fonte da imagem: internet
            Ler é a chave para a aquisição de todo o conhecimento humano acumulado desde tempos imemoriais. Claro que além da leitura há diversas outras forma de aprender, no entanto ela é capaz de facilitar todo esse processo e de tornar menos tortuosos caminhos que nem sempre gostaríamos de trilhar.
            Mesmo em um momento histórico de constantes incertezas e de fluidez de relações e de costumes, o conhecimento não técnico e a experiência leitora parece estar perdendo terreno para atividades que tragam um retorno pecuniário, de preferência a curto ou, no máximo, a médio prazo. Dessa forma, foi gestada a ideia de que ler é perder tempo e que a nada leva.
            Ironicamente, em uma sociedade que valoriza a velocidade e a multiplicidade de eventos concomitantes, as ferramentas tecnologicamente mais avançadas exigem que o usuário tenha que ler, ler e ler. Porém esse tipo de leitura que busca informações, dados e meios de agilizar o tempo de resposta e de otimizar os processos de produção está inserido mais no âmbito da mecanização das relações que na saborosa busca do saber sem compromisso com os utilitarismos da vida contemporânea.
            Assim como os alimentos consumidos no dia a dia servem para nutrir nosso organismo, fornecendo-nos energia para as lides cotidianas, a leitura pode ser metaforicamente vista como uma das fontes de energia que manterá viva em cada ser humano a chama do desejo de aprender e de compartilhar experiências com o mundo que nos rodeia, fazendo com que nosso cérebro tenha seu estoque de informações constantemente renovado.
            Mas ler não é apenas correr os olhos por uma folha de papel ou pela tela de um computador. Ler vai muito além do ato mecânico de decodificar, palavras, frases e parágrafos. Há quem acredite também que a qualidade da leitura esteja diretamente relacionada com a quantidade de páginas lidas em determinado intervalo de tempo. Na verdade, o processo de aproveitamento do que foi lido nem sempre obedece à lógica preconizada pela matemática. Então, dessa forma, alguém pode ler pouco e ter um excelente aproveitamento das páginas lidas. Por outro lado, uma pessoa que tenha devorado com os olhos quilômetros de páginas talvez não tenha retido informações suficientes para dizer que realmente leu algo.
            No meio de uma selva oscura em que a quantidade tem se tornado bem mais requisitada que a qualidade, o prazer de ler parecer ter ficado também em segundo plano. Lê-se para uma prova. Lê-se para buscar uma informação urgente. Lê-se para lutar por uma promoção no emprego, para montar um aparelho eletrônico, para descobrir onde mora alguém... Todos os tipos de leitura são válidos e merecem os devidos aplausos. Mas a modalidade de leitura mais interessante é aquela descompromissada, livre de obrigações, sem interesse de produzir uma resenha ou de conquistar uma nota...
            Em pé, deitado, sentado ou mesmo andando, o mais eficiente tipo de leitura é aquele que se transforma em prazer a cada linha devorada e que é capaz de levar o leitor a sair de sua realidade e conhecer novos ambientes, nova idéias e a conviver o inesperado, com o inefável de novas descobertas. Quando a leitura se torna uma fonte de prazer constante e inesgotável, a pessoa descobre que ler pela simples vontade de ler é uma forma de viver.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SOBRE A FEIRA DO LIVRO


REPENSANDO A FEIRA
José Neres


         Com bastante atraso, a população ludovicense teve neste fim de ano mais uma edição da Feira do Livro. Com fraca (ou quase inexistente) decoração, sem a presença de grandes nomes da literatura nacional, a quinta edição da FELIS tem tudo para ser considerada a menos organizada e, talvez, a menos movimentada. A desculpa da greve dos policiais e a consequente insegurança da população para sair de casa não parece ser a mais plausível, já que os bares da capital continuavam lotados, com ou sem a presença de policiais nas ruas...
         O evento em si, nos primeiros momentos, contou apenas com a propaganda boca-a-boca entre as pessoas que vivem nos meios literários e algumas pessoas que passavam pela Praça Maria Aragão e viam os operários montando as tendas. Por sinal, até a hora da abertura do evento, nem todos os ambientes estavam prontos causando constrangimento aos visitantes, que tinha que tomar todo cuidado com os materiais soltos e que poderiam trazer perigo aos transeuntes.
         De modo geral, a V Feira do Livro teve acertos e erros. Dentre os acertos está a escolha dos homenageados (Aldo Leite, João do Vale, Sonia Almeida e Mário Meirelles) pessoas ligadas à arte, com um patrono (José Chagas) que merece todas as homenagens. No entanto o que novamente se viu é que essas homenagens praticamente se limitaram a algumas imagens e a nomes dados aos locais do evento. Seria bom que houvesse também mais palestras e circuitos de discussão sobre a obra dos homenageados, além de exposição de seus trabalhos, o que, infelizmente, não aconteceu.
         A comissão organizadora, ao distribuir os espaços deveria preocupar-se também com o conforto acústico dos palestrantes, visitantes e demais convidados, pois o que se viu foi uma disputa desleal entre escritores no espaço de lançamento de livros ou no Café Literário e os sons externos, que variavam ente o burburinho comum dos transeuntes, músicas e outras apresentações paralelas. Também não ficaram claros os critérios de distribuição dos ambientes climatizados. De um lado, havia espaços lotados, com pessoas se abanando com livros, jornais e revistas, e do outro, salas vazias devidamente climatizadas...
         O público, que andou sumido no início, reapareceu nos três primeiros dias, mas o interesse maior não parecia ser assistir às palestras, aos lançamentos de livros ou conhecer as novidades literárias. Muitos foram apenas para atualizarem seus perfis nos sites de relacionamento. Isso pode ser constatado pelo grande número de pessoas empunhando máquinas digitais e pelas poucas sacolinhas recheadas de livros. Para melhorar o volume de vendas, algumas promoções eram feitas, inclusive com o sorteio de um computador portátil e uma cesta de livros, além do adiamento do encerramento oficial do espaço destinado à comercialização dos, que ficará aberto até o dia 06, quando será inaugurada a Árvore de Natal, com a presença o Papai Noel – talvez só ele mesmo para trazer de presente um pouco de esperança para nossa gente!
         Os debates foram de bom nível, com palestrantes que se dispuseram a compartilhar um pouco de seus conhecimentos, de suas angústias e de suas experiências com o mundo das letras. Infelizmente o público andava meio arredio e quase sempre o palestrante falava para os próprio familiares ou para amigos que prestigiavam sua performance. Mas quem se aventurou a entrar em um dos espaços de lançamento de livro, palestra ou relato de experiência não se arrependeu e, certamente, aprendeu bastante naqueles minutos de interação cultural.
         Outro lado bom da história é ver crianças e jovens circulando entre livros. Se não compravam, pelo menos tinham contato direto com alguns escritores ou, no mínimo, se divertiam com o ambiente festivo do evento. Todos nós estamos torcendo para que no próximo ano todos os comentários sejam positivos ou então que as falhas, que sempre hão de existir, sejam suplantadas pela imensa quantidade de acentos. São Luís e sua população merecem esses momentos em que as artes em geral sejam o centro da atenção da cidade.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ILHA VIRTUAL NÚMERO 7

Caros amigos e amigas,

A partir deste momento está online o sétimo número do informativo Ilhavitualpontocom.com artigos sobre Ubitaran Teixeira, José Ewerton Neto e outros textos que sempre ilustram nossas letras.
Para acessar o informativo, clique AQUI


Boa leitura a todos